Atualmente, a barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, no Agreste de Pernambuco, opera apenas com 3,17% da capacidade total, o que corresponde a 10 metros cúbicos de água. Diante dessa realidade, o manancial deve atingir o volume morto na segunda semana de fevereiro, como explica o coordenador de produção de Jucazinho, Leonardo Lemos.
“A gente vai ativar um sistema de flutuante, que é um sistema de bombas, que vai possibilitar continuar o abastecimento”, afirmou.
A água de Jucazinho abastece 11 cidades, entre elas Surubim, Toritama, Riacho das Almas, Passira, Frei Miguelinho e Vertentes. No entanto, todas elas vivem um racionamento. Caso não chova o suficiente, a água da barragem só dura até setembro deste ano.
Em 2016, Jucazinho entrou em colapso e chegou a operar com menos de 1% da capacidade. Por causa da estiagem, a barragem precisou passar por reparos, que começaram em julho de 2017 pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Denocs). Na ocasião, foram identificadas algumas fissuras no paredão e começaram vazamentos.
As obras foram divididas em duas etapas. A primeira foi concluída, mas a segunda está paralisada desde dezembro do ano passado.
Caso de rompimento
Se por acaso a barragem se rompesse, a água poderia chegar até o Recife, trazendo vários prejuízos para a população, como explica Leonardo.
“Se Jucazinho tivesse com um volume na totalidade e tivesse o rompimento, seria uma tragédia que não teria nem como dimensionar.”
O prazo para a conclusão das obras é julho de 2019. Com tudo pronto, a barragem ficará totalmente apta para receber as chuvas e abastecer a população.