(Foto: Divulgação)
O Boi Tira-Teima, tradicional grupo de Bumba Meu Boi de Caruaru, foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco. Fundado em 1922, o grupo é um dos mais antigos e respeitados representantes da cultura popular do Agreste. A homenagem veio através do 20º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundarpe.
A trajetória do Boi Tira-Teima é marcada pela força da tradição familiar. Criado por Mestre Gerson, o grupo foi mantido por sua esposa, Dona Lindaura, e hoje é liderado por seu filho, Mestre Roberto Gercino. Mais que apresentações folclóricas, o Boi atua em projetos educativos, oficinas culturais e ações sociais, sendo reconhecido também como Ponto de Cultura. Sua presença em escolas e festivais ajuda a manter viva a memória do Bumba Meu Boi e a formar novas gerações de brincantes.
A eleição dos novos Patrimônios Vivos aconteceu em reunião presencial do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, na Academia Pernambucana de Letras. Além do Boi Tira-Teima, outros nove nomes foram escolhidos, elevando para 115 o número de mestres, mestras e grupos reconhecidos oficialmente pelo Estado.
Entre os contemplados estão figuras emblemáticas como Dona Dá, carnavalesca símbolo da folia olindense; Mestra Joana Cavalcante, primeira mulher a liderar uma Nação de Maracatu; Maestro Edson Rodrigues, referência do frevo; e Terezinha do Acordeon, pioneira entre as mulheres sanfoneiras. Também foram homenageados mestres do maracatu, samba de coco, artesanato e fotografia, todos com atuação destacada na preservação das tradições culturais pernambucanas.
Criado pela Lei Estadual nº 12.196, de 2002, o título de Patrimônio Vivo garante pensão vitalícia aos homenageados e estabelece como contrapartida a transmissão de seus saberes por meio de atividades educativas. Ao longo dos anos, o número de bolsas foi ampliado para atender à crescente demanda, chegando ao atual limite de dez contemplados por edição.
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