Dívida Bruta do Governo Geral alcança maior patamar em dois anos

(Foto: Reprodução)

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou o maior patamar em dois anos. A dívida cresceu em março e atingiu R$ 8,3 trilhões, o que equivale a 75,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O montante, que equivale ao resultado total da dívida do governo federal, da Previdência Social e dos governos estaduais e municipais, foi divulgado, na segunda -feira (06), pelo Banco Central (BC), e representa aumento de R$ 268 bilhões, no primeiro trimestre de 2024 em relação os dados de dezembro de 2023, quando a dívida pública bruta estava em 74,4% do PIB.

Esse é o maior patamar do endividamento público desde abril de 2022, quando esse percentual estava em 76,3%, com base nos dados da metologia do Banco Central. O pico da dívida pública bruta foi alcançado em dezembro de 2020, de 87,6% do PIB, no auge da pandemia da covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida pública bruta chegou ao piso de 51,5%.

A dívida pública bruta é um termômetro da solvência do país e, quanto maior ela for em relação ao PIB, maior é o risco de calote. Conforme os dados do BC, o aumento de 1,3 ponto percentual na dívida pública foi causado, principalmente, pelo efeito do aumento dos juros nominais, que somaram R$ 209,2 bilhões em março, ou 7,6% do PIB. Esse dado foi 15% superior aos R$ 181,8 bilhões registrados na conta de juros nominais no primeiro trimestre do ano passado.

Apenas em março, a conta de juros nominais do setor público consolidado — que inclui as contas dos governos federal e regionais e das estatais federais, excluindo Petrobras e Eletrobras —, o valor total foi de R$ 64,2 bilhões no último mês de março — valor ligeiramente inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando os juros somaram R$ 65,3 bilhões. Em 12 meses, os juros nominais atingiram R$ 745,7 bilhões, o que equivale a 6,76% do PIB.

A dívida pública líquida, que desconta as reservas internacionais do país, também registrou aumento pelo terceiro mês consecutivo, somando 61,1% do PIB, ou R$ 6,7 trilhões.

O resultado primário das contas do setor público consolidado ficou positivo em R$ 54,6 bilhões no mês de março. Contudo, no acumulado em 12 meses encerrados até o terceiro mês do ano, o deficit primário somou R$ 252,9 bilhões, o equivalente a 2,29% do PIB. Enquanto isso, o resultado nominal, incluindo a conta de juros, ficou negativo em R$ 154,6 bilhões no fim de março, o equivalente a 5,51% do PIB. Esse dado representa aumento de 25,3% em relação ao saldo negativo de R$ 123,4 bilhões contabilizados no mesmo trimestre de 2023.

Fonte: Reprodução das informações Rádio Cidade 997 Caruaru

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