Um dos ingredientes mais tradicionais no prato dos brasileiros, o feijão teve uma grande elevação em seu valor no início do ano, seguido de uma queda, mas o preço voltou a aumentar, espantando os consumidores. Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (26), o presidente da Ceasa, Gustavo Melo, explicou os motivos do aumento no preço do quilo de feijão.
“Historicamente. o feijão tem três safras ao longo do ano. A primeira safra do ano foi comprometida, porque a última safra do ano passado o valor foi muito baixo e os produtores que cultivam o feijão passaram a cultivar outros produtos além do feijão. As estiagens durante o período vegetativo também afetou. Tivemos uma queda de 28% da produção”, afirmou.
O feijão carioca teve o maior aumento, com a alta acumulada de 36% até o final de fevereiro, e é um tipo de feijão que só é produzido e consumido no Brasil, afetando o valor. No caso de outros tipos de feijão, quando acontece a escassez do produto, uma das saídas que o governo tem para equilibrar o preço é a importação. O presidente fala que trabalha com a possibilidade de importar o produto.
“Nós trabalhamos com essa possibilidade. Mas está chegando a segunda safra que ocorre de abril até junho e essa segunda safra terá um preço alto a curto e médio prazo, mas teremos uma baixa e na terceira safra, a nossa expectativa é de que o preço se acomode ainda mais”, disse.
Gustavo Melo também informou que, se comparado ao mesmo período do ano passado, o feijão preto teve um aumento de 60%, custando em média R$ 6, o feijão macassar está custando R$ 4 (aumentou 48%) e o feijão carioca, que custava R$ 3,95, está custando R$ 7,95, tendo um aumento de 100%.
Além do feijão, outros produtos tiveram crescimento no preço, como a banana, batata, chuchu e tomate.